Raúl Castro: Corrupção equivale à contrarrevolução

25/12/2011 12:39

O presidente de Cuba, Raúl Castro, afirmou que a corrupção na ilha “é equivalente à contrarrevolução” e chamou o governo e a militância para serem implacáveis contra isso que pode “nos levar à autodestruição”.

Na terceira reunião do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, celebrado nesta quinta-feira (22), Raúl acrescentou que esses delitos são consequência “da passividade com que atuam alguns dirigentes e da falta de funcionamento integral de muitas organizações partidárias”.

Sublinhou que não “podem ser admitidas as debilidades que propiciam o trabalho dos delinquentes e corruptos, que se aproveitam delas. É preciso passar das palavras aos fatos”, disse, e exemplificou o dano que provocam as irregularidades nas cobranças e pagamentos como causa explorada pelos que, com dupla moral e simulação, prosperam à custa das necessidades das pessoas.

Ele lembrou um discurso do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, em 2005, para quem “esses fenômenos podem nos levar à autodestruição da Revolução”. Fidel reiterou que “a corrupção é equivalente à contrarrevolução”.

Por isso, Raúl afirmou que é necessário “ser implacável contra esses fenômenos dentro da Lei. Não se pode andar com os braços cruzados, não se pode deixar de analisar nenhuma irregularidade, exigir e adotar as medidas correspondentes e que o Partido, sem suplantar a administração, desempenhe um papel mais protagonista nesta batalha de controle e fiscalização”.

“Cada militante está convocado para alertar sobre os problemas no espaço em que desenvolve sua vida e a combater toda manifestação que propicie violações da legalidade”, disse. “O assunto é pensar e voltar a pensar no que podemos fazer em cada lugar para evitá-las e atuar”, concluiu.

Raúl convidou a enfrentar “com firmeza as negligências e irresponsabilidades que prejudicam a economia nacional”. “Não se pode andar com os braços cruzados”, expôs.

Com informações do Cuba Debate