Ninguém pode apagar a pegada de amor de Cuba na Bolívia e no Equador

19/11/2019 18:14

«Retornamos vitoriosos. Não nos sentimos derrotados. Chegamos com a testa erguida, com a missão cumprida, porque há resultados que não podem ser apagados por nenhum golpe de Estado ou regime que nos próximos anos ocupe os destinos da Bolívia

NESTES dias, os médicos que prestaram seus serviços na Bolívia e no Equador retornam à pátria. Eles deixam para trás seus pacientes, famílias com poucos recursos, mas muita gratidão àqueles que cuidaram de suas doenças e viveram com eles em suas comunidades.

«Passamos dias de profunda tristeza» — diz a dr.ª Nirza García Valdés, especialista em Cirurgia Geral, que trabalhou no departamento boliviano de Santa Cruz, referindo-se aos dias após o golpe no país andino contra o presidente Evo Morales Ayma — «de assédio, de maus tratos à nossa integridade física».

«Mas, mesmo nos momentos de maior perigo, enfraquecemos. Ficamos até o último momento em nossos postos de atendimento, apoiando a saúde do irmão boliviano até que não foi mais possível continuar», afirma a especialista, natural de Bayamo, na província Granma.

«Retornamos vitoriosos. Não nos sentimos derrotados. Chegamos com a cabeça erguida, com a missão cumprida, porque há resultados que não apagarão nenhum golpe de estado ou regime que nos próximos anos ocupe os destinos da Bolívia».

«Há vidas salvas, pacientes agradecidos e sempre haverá a marca de Cuba e sua colaboração no exterior».

A TODO O MOMENTO, FOMOS PROTEGIDOS POR NOSSO PAÍS

Alfredo Escobar Bernal, gastroenterologista, agradeceu ao governo cubano por não deixar sozinhos os compatriotas que sofreram as consequências do golpe na Bolívia.

«Quando o ataque foi consumado», explica, «eu estava em Santa Cruz e com outros companheiros vivi momentos de incerteza por causa da tensão que gradualmente desencadeou confrontos muito duros entre bolivianos».

«Houve situações em que sentimos o apoio de pessoas que reconhecem o valor da colaboração cubana, mas em outros os apoiadores do golpe aproveitaram nossa presença para difamar Evo Morales e seu governo».

«Não tenho dúvidas de que sempre fomos protegidos pelas autoridades do nosso país através do canal diplomático, bem como pelo pessoal responsável pela missão médica. Eles sempre tiveram consciência da nossa segurança».

Até segunda-feira, 431 profissionais de saúde haviam retornado ao país da Bolívia. Espera-se a chegada de outro grupo desse país, bem como do Equador, onde as autoridades daquele país encerraram o acordo do governo bilateral a esse respeito.

Recentemente, na Assembleia Geral da ONU, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, esclareceu que os programas de colaboração que estavam sofrendo ataques patrocinados pelo atual governo dos Estados Unidos são «voltados para as comunidades mais necessitadas e baseadas em significado da solidariedade e da disposição voluntária e gratuita de centenas de milhares de profissionais cubanos, executados com base em acordos de cooperação firmados com os governos desses países e desfrutam, por muitos anos, do reconhecimento da comunidade internacional desta Organização e da Organização Mundial da Saúde como um exemplo exemplar de cooperação Sul-Sul».

Fonte: Granma
https://pt.granma.cu/cuba/2019-11-19/ninguem-pode-apagar-a-pegada-de-amor-de-cuba-na-bolivia-e-no-equador