Mercenários cubanos acampam em Madri

18/04/2012 00:43

Um ano depois de chegar na Espanha e serem abandonados pelas organizações que lhe prometeram mundos e fundos, mercenários sofrem com desemprego e pouco dinheiro.


Um grupo de 22 cubanos, entre eles terroristas, mercenários, além de seus familiares, acampou na noite de quarta-feira (11) em frente ao Ministério de Assuntos Exteriores e Cooperação para pressionar por uma solução sobre sua difícil situação econômica.

Entre 2010 e 2011, Espanha e Cuba assinaram um acordo que permitiu a libertação de 115 cubanos, que cumpriam pena por terrorismo e envolvimento em atentados contra Cuba, e 650 familiares.

Todos foram para Madri. Um ano depois, eles perderam a ajuda do governo espanhol e estão ficando sem dinheiro para se manter, já que a maioria ainda não conseguiu um emprego estável.

O cubano Yosnel Bautista, de 29 anos, mora em Málaga, para onde o governo espanhol lhe enviou. Madri distribuiu os cubanos por todo seu território. Sua família mora em um apartamento que lhe foi facilitado na época da mudança, mas Bautista terá de abandonar a casa e não tem para onde ir, nem dinheiro para pagar uma alternativa.

Na terça-feira, Bautista dormiu embrulhado em caixas de papelão, embaixo das marquises da praça da Província, perto da praça Maior, onde outros 21 de seus compatriotas estão desde segunda-feira, dia 9, quando chegaram de Madri, vindo de várias partes da Espanha.

O ministro de Assuntos Exteriores e Cooperação, José Manuel Garcia-Margallo, admitiu na quinta-feira, dia 12, que o tema dos cubanos “não é simples” e que eles estão “em uma situação difícil”.

Com informações do Blog Solidários