Cuba: uma experiência de construção socialista bem-sucedida

23/02/2012 13:12

Neste domingo (19), no último dia da 21° Feira Internacional do Livro, em Havana, renomados pesquisadores protagonizaram o painel “O socialismo no século XXI: perspectivas na América Latina”. O painel foi realizado na fortaleza de São Carlos de la Cabaña.


 


Na oportunidade, o economista cubano Osvaldo Martínez ressaltou Cuba e lembrou que o país é o único no mundo com uma experiência de construção socialista bem-sucedida.

Sobre as mudanças em curso no mundo, o diretor do Centro de Estudos da Economia Mundial refletiu sobre a vigência do neoliberalismo na região mais desigual do mundo.

Segundo ele, essa ideologia tem uma estrutura internacional de organizações e de apoio, além de um poder midiático incontestável. Ele ainda advertiu que embora as transformações que se vêm gerando na América Latina, estão presentes mais de 10 Tratados de Livre Comércio com Estados Unidos.

Entre outras questões, durante o painel também foi observado que, como consequência desses acordos, há um vasto setor de camadas médias que têm visto reduzido seus rendimentos, uma classe operária diminuída pelo processo de desindustrialização e um enorme setor de camponeses e indígenas empobrecidos pelo agronegócio.

Osvaldo Martínez relembrou a Revolução Bolivariana, que fortalece a frente anticapitalista com toda a simpatia que merece, mas se desenvolve em um país que ainda é estruturalmente capitalista.

Durante o debate, o acadêmico do Instituto de Filosofia José Luís Santana, assinalou que todo o processo sinaliza para o socialismo.

É fato que é preciso quebrar a lógica do capital florescente e a hegemonia imperialista norte-americana, sentando bases imprescindíveis para o sucesso dos projetos nacionais.

Papel das tecnologias da informação

Em todo esse processo convergem o uso das novas tecnologias da informação e as redes sociais, afirmou Juan Luís Martín, do Grupo Nacional de Ciências Sociais.

Há preocupações fundamentais por parte dos Estados Unidos e as potências capitalistas sobre a utilização da rede para controlar, monitorar, censurar e reprimir as mobilizações populares.

Um exemplo claro, foi a levante popular contra a tentativa de aprovação de leis no início deste ano no congresso dos Estados Unidos, com o objetivo de deter atos de pirataria em linha e a proteção de projetos informáticos, assinalou Juan Luís Martín.

Ao respeito o especialista considerou que para além das leis que se aprovem, quanto mais se avance nesses controles é mais provável o surgimento de redes alternativas e procuras paralelas fomentadas por movimentos ou países que aspirem a uma maior autonomia.

Com informações da Prensa Latina