Como vai o aperfeiçoamento?

28/01/2018 12:35
O terceiro aperfeiçoamento do sistema nacional de ensino propõe a criação de um currículo institucional, a partir das potencialidades de cada escola. Photo: Jose M. Correa

O terceiro aperfeiçoamento do sistema nacional de ensino tem sua base nas Diretrizes da Política Econômica e Social do Partido e a Revolução. Em 2014 começou de forma experimental em seis províncias do país e em setembro de 2017, abrangeu todas as capitais destas.

Quanto à necessidade deste processo o doutor Alberto Valle Lima, diretor do Centro de Ciências Pedagógicas, do Instituto Central das Ciências Pedagógicas», explicou o seguinte:

«Existem grandes mudanças gerais na sociedade, sobretudo, econômicas e sociais, e a educação têm que lidar com elas, tem que se prontificar para responder com soluções e fortalecer nossos jovens, no âmbito político e ideológico».

«Também se fala da necessidade do terceiro aperfeiçoamento porque é preciso melhorar a preparação de nossos centros e dos dirigentes, respeito ao seu desenvolvimento pedagógico. »

Há três anos trabalha-se em 68 escolas experimentais. Em setembro de 2017 o número aumentou para 152 escolas, em todas as províncias, com um centro em cada modalidade educativa, nas capitais das províncias.

TER UMA ESCOLA MAIS AGRADÁVEL

Uma novidade do terceiro aperfeiçoamento é a instauração de um currículo geral para todos os centros docentes do país, e um institucional, cujo trabalho será responsabilidade de cada escola.

«O currículo institucional — esclarece o doutor Valle Lima — poderá ser feito pela instituição docente, seja creche, escola, faculdade operário-camponesa ou instituto politécnico, a partir de suas potencialidades, do claustro, os estudantes, os pais, a comunidade e as instituições desta».

«Para isto são muito importantes os acordos que possam ser assinados com as instituições e o apoio que o Poder Popular possa dar a todo o trabalho da educação».

É uma tradição que nas escolas cubanas funcionem coletivos de crianças para aprender algum ofício ou conhecimento, as sociedades científicas e o trabalho com as placas e monumentos localizados nas proximidades das escolas. Com o currículo institucional surgem elementos novos que se incorporam».

«Agora, incluímos outro tipo de atividades como os programas complementares e os projetos técnicos e sociais, que de alguma forma procura a diversificação das atividades do currículo institucional, de maneira que a escola seja mais agradável para o aluno. E preciso procurar quais são os interesses dos estudantes e torná-los compatíveis com as potencialidades da escola e da comunidade».

NOVOS PLANOS E PROGRAMAS

Um componente do terceiro aperfeiçoamento do sistema nacional de ensino é a elaboração de novos programas de estudo. Para isso, foram criados grupos de séries: primeiro, segundo e quarto ano de vida da primeira infância; primeira e quarta séries (nível elementar), sétima (ensino secundário) e décima serie (nível médio superior).

«Dessas séries já temos os programas, as orientações metodológicas, os livros de texto e os cadernos de trabalho e já se aplicam nas escolas experimentais. Não é para ser aplicado no país todo».

«Estamos elaborando os programas do segundo grupo de séries, que seriam os que se apresentam a seguir. Na primeira infância será trabalhado em terceiro, quinto e sexto ano de vida; no caso do ensino primário, secundário e pré-universitário: segunda série, quinta, oitava e décima primeira».

O diretivo esclarece que estão sendo elaboradas edições provisionais. «A tentativa é testar na prática, durante o processo de experimentação, para daí para frente ver os resultados que se obtêm, de maneira que melhorem estes materiais e possam passar, depois de um processo de exame e reelaboração, à edição definitiva para o resto do país».

O uso generalizado destes materiais vai começar no ano letivo 2020–2021. Antes de começar o uso em todas as escolas do país, devem ser apresentados aos especialistas das subcomissões de Planos e Programas, do Instituto Central das Ciências Pedagógicas, devem ser testemunhados no Ministério e depois ser levados à tipografia, para a impressão.