Cuba está sendo poupada por furacões em 2009, diz especialista

07/08/2009 01:37

HAVANA, Cuba, 05 (ACN) - Cuba está sendo poupada pelos furacões neste 2009, diferentemente de 2008, quando foi atingida por três ciclones quase seguidos e teve perdas de mais de dez bilhões de dólares e o saldo irreparável de sete vítimas fatais. Isso foi dito por José Rubiera, chefe de Previsões do Instituto de Meteorologia de Cuba.

 

Hoje há apenas uma tormenta tropical na zona do Atlântico e apesar de estar pela frente a temporada mais ativa, que começa na segunda quinzena de agosto, é fato que, até o momento, a ilha viveu oito meses de tranqüilidade climatológica.  

 

O mesmo vale para o resto da região onde, no ano passado, faleceram por causa deste tipo de tormentas cerca de 900 pessoas, a maioria no Haiti. Ao todo, houve em 2008 16 tormentas tropicais; delas, oito viraram furacões. 

 

Esta tranqüilidade é algo paradoxal, pois, segundo Rubiera, as águas superficiais das costas africanas (onde se gera a maioria destes fenômenos) estão ‘bem quentes’, mas há outros fatores que incidem na formação de ciclones. O fenômeno climático “El Nino” esquenta as águas do Pacífico, em combinação com ventos mais fortes que o usual na atmosfera superior.

 

“Esses ventos – disse Rubiera entre evista à EFE - inibem a formação de sistemas de ciclones tropicais”. Diante disso se espera uma temporada pouco ativa, mas isso não garante que nos meses a seguir não venha algum novo furacão. 

 

O cientista recordou que em 1930 houve apenas uma destas fortes tempestades na área caribenha, mas de categoria cinco, a máxima na escala Saffir-Simpson; esse fenômeno se dirigiu para a República Dominicana e destruiu Santo Domingo. Como fizeram Gustav, Ike e Paloma, com Cuba, 58 anos depois.

 

Caso aparecer um ciclone ou tormenta no que resta até outubro (final da temporada) poderá chamar-se, nessa ordem: Ana, Bill, Claudette, Danny, Erika, Fred, Grace, Henri, Ida, Joaquín, Kate, Larry, Mindy, Nicholas, Odette, Peter, Rose, Sam, Teresa, Víctor e Wanda. Os nomes são escolhidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que é quem batiza este tipo de formação.

 

Um ciclone é só tormenta tropical quando tem ventos máximos sustentados de mais de 63 quilômetros por hora e furacão de categoria um quando passa de 118.

 

Se os ventos excedem os 154 quilômetros por hora, são de categoria dois; quando superam os 178, nível três; ao chegar a 210, categoria quatro; e se passam de 250, atinge o nível máximo de cinco na escala de intensidade.

 

Agência Cubana de Notícias